SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA
Não raro, ouvimos a terminologia “passeio” para definir uma aula fora dos muros da escola, que geralmente vem agregada a uma imagem de descontrole, onde não há programação, ou roteiro a ser seguido. Vejam bem, não estamos aqui sugerindo que uma saída a campo, tenha de ser cronometrada, ou com um guia de passo a passo onde deve ser seguido à risca porque não é. Afinal em qualquer ambiente, assim como em sala de aula, ocorrem imprevistos e não podemos desistir de executá-las pensando nas impossibilidades de serem vividas.
Ao pensar uma saída a campo seria necessário um projeto, uma programação de atividades a serem desenvolvidas, paisagens a serem observadas... Enfim, inúmeros exercícios, e objetivos que quem executasse a saída desejasse alcançar, assim como o planejamento de uma aula.
OBJETIVOS
Objetivo Geral
A elaboração desta pesquisa destina-se a compreensão teórica de possíveis práticas no processo de letramento de crianças dos anos iniciais, em especial o segundo ano do ensino fundamental. Utilizando-se da metodologia de ensino saída a campo, e ampliando os recursos na maneira de tornar cada aluno como parâmetro próprio na maneira de ser avaliado, dando relevância para as criações individuais.
Objetivos Específicos
· Compreender o processo de construção de conhecimentos a partir de uma saída a campo;
· Proporcionar outros métodos no processo de alfabetização;
· Criar ambiente alfabetizador através da saída a campo;
· Interagir com os alunos em questão;
· Conscientizar o educando da importância de sua interação com o meio circundante;
· Agregar relevância ao processo educativo;
· Fazer uso da linguagem escrita e oral;
JUSTIFICATIVA
Demonstrar significados para o corpo docente agregando valor a este tipo de trabalho, que gera vontade dos alunos em aprender. Fazer da escola um ambiente de múltiplas aprendizagens, onde a permanência nela seja de vontade dos participantes e não uma imposição social.
Esta será uma pesquisa de caráter exploratório, pois busca o esclarecimento de conceitos elaborados pela sociedade. Terá observação planejada para a coleta de dados, como por exemplo, questionários para os professores da instituição para a definição de suas percepções coerentes com a temática, a fim de formular um comparativo, entre saída a campo, e passeio; a postura do corpo docente e discente nestas intervenções promovidas pela escola.
Será elaborada através do método de pesquisa-ação, pois compreende o processo de planejamento, observação, ação e reflexão da experiência que iremos vivenciar para a obtenção de respostas da temática em estudo.
Como este método é utilizado quando se buscam mudanças de parâmetros, objetivando melhorias na prática e envolvimento dos participantes, considero-o o ideal. Além de ser de natureza cíclica, onde a ação e a pesquisa informam-se mutuamente, possibilitando o andamento linear de testes e leituras, permite trocas entre os participantes e os pesquisadores.
Utilizando a pesquisa-ação as mudanças são notáveis durante seu processo executivo, devendo haver a elaboração de um diagnóstico, onde identificamos o problema, criando possibilidades de solução. Em seguida, é importante fazermos contatos informais, criando ações com os participantes. Num próximo momento, há de se construir uma avaliação das informações obtidas, e logo quando refletimos sobre todo o processo de pesquisa, é de extrema importância vincular a reflexão à ação, tornando o estudo algo infinito, sempre em busca de mudanças para obtenção de melhores resultados.
REFERÊNCIAS
NIDELCOFF, Maria Teresa. A escola e a compreensão da realidade. São Paulo. Editora Brasiliense, 1979. Edição 14ª.
ZABALZA, Miguel A. Diários de Aula: um instrumento de pesquisa e desenvolvimento profissional. Porto Alegre. Editora Artmed, 2004.
PENTEADO, Heloísa Dupas. Metodologia do ensino de História e Geografia. São Paulo. Editora Cortez, 1994.
FREIRE, Madalena. A arte de conhecer o mundo. Rio de Janeiro. Editora Paz e Terra, 1995.Edição 12ª.
RICHARDSON, Roberto Jarry. Como fazer pesquisa ação? Disponível em: http://jarry.sites.uol.com.br/pesquisacao.htm Acesso em: 10 de fev de 2011.
AVILA, Vera Maria Zambrano (org.); GOULART, Ligia Beatriz; PERNIGOTTI, Joyce Munarski; SAENGER, Liane. O portfólio pode muito mais do que uma prova. Disponível em: http://www.fe.unb.br/pie/portatextos.htm#texto3 Acesso em 27 de jan de 2011.
GOULART, Cecília. Letramento e modos de ser letrado: discutindo a base teórico-metodológica do estudo. Disponível em:
www.anped.org.br/reunioes/28/textos/gt10/gt10252int.rtf Acesso em 05 de fev de 2011.
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