Portfólio

    Artigo que fala da importância da construção de um Portfólio para a comunicação entre professor e aluno, onde o educador consegue perceber o progresso de seu educando, de suas aprendizagens, e significações que fez em relação ao que aprende na escola.
    É tido como um excelente instrumento para perceber os interesses do aluno e seus avanços no processo de aprendizagem. Salienta-se que o professor deva gostar desta metodologia avaliativa para transpor significados para as crianças que trabalha, e um conceito particular é que guardei todos os portfólios que construí e já os utilizei em minha prática acredito ser de extrema importância no curso de Pedagogia a construção de Portfólios, principalmente nas disciplinas de fundamentos e metodologias das disciplinas de fundamentos e metodologias das disciplinas que iremos ministrar aulas.
     Portanto, agreguei estes conceitos e vivencias para obter registros das crianças observando seu processo evolutivo.



Ideias do meu projeto - em processo

SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA

 Através de vivências e observações do meio escolar, percebemos que pouca coisa se modificou, sendo as saídas a campo um “descanso” para os docentes, e uma “bonificação” para os discentes.
Não raro, ouvimos a terminologia “passeio” para definir uma aula fora dos muros da escola, que geralmente vem agregada a uma imagem de descontrole, onde não há programação, ou roteiro a ser seguido. Vejam bem, não estamos aqui sugerindo que uma saída a campo, tenha de ser cronometrada, ou com um guia de passo a passo onde deve ser seguido à risca porque não é. Afinal em qualquer ambiente, assim como em sala de aula, ocorrem imprevistos e não podemos desistir de executá-las pensando nas impossibilidades de serem vividas.
Ao pensar uma saída a campo seria necessário um projeto, uma programação de atividades a serem desenvolvidas, paisagens a serem observadas... Enfim, inúmeros exercícios, e objetivos que quem executasse a saída desejasse alcançar, assim como o planejamento de uma aula.


OBJETIVOS

Objetivo Geral 

A elaboração desta pesquisa destina-se a compreensão teórica de possíveis práticas no processo de letramento de crianças dos anos iniciais, em especial o segundo ano do ensino fundamental. Utilizando-se da metodologia de ensino saída a campo, e ampliando os recursos na maneira de tornar cada aluno como parâmetro próprio na maneira de ser avaliado, dando relevância para as criações individuais.


Objetivos Específicos

 Tem como objetivos específicos:
·         Compreender o processo de construção de conhecimentos a partir de uma saída a campo;
·          Proporcionar outros métodos no processo de alfabetização;
·         Criar ambiente alfabetizador através da saída a campo;
·         Interagir com os alunos em questão;
·          Conscientizar o educando da importância de sua interação com o meio circundante;
·         Agregar relevância ao processo educativo;
·         Fazer uso da linguagem escrita e oral;

                                                    

JUSTIFICATIVA

 O presente projeto faz-se necessário, para uma mudança de olhar da saída a campo como um mero passeio de “descanso” do professor das atividades diárias de ensino e aprendizagem de sala de aula,  recreação pura e simples dos alunos, sem vinculação com a aquisição de saberes.
Demonstrar significados para o corpo docente agregando valor a este tipo de trabalho, que gera vontade dos alunos em aprender. Fazer da escola um ambiente de múltiplas aprendizagens, onde a permanência nela seja de vontade dos participantes e não uma imposição social.



METODOLOGIA

Esta será uma pesquisa de caráter exploratório, pois busca o esclarecimento de conceitos elaborados pela sociedade. Terá observação planejada para a coleta de dados, como por exemplo, questionários para os professores da instituição para a definição de suas percepções coerentes com a temática, a fim de formular um comparativo, entre saída a campo, e passeio; a postura do corpo docente e discente nestas intervenções promovidas pela escola.
Será elaborada através do método de pesquisa-ação, pois compreende o processo de planejamento, observação, ação e reflexão da experiência que iremos vivenciar para a obtenção de respostas da temática em estudo.
 Como este método é utilizado quando se buscam mudanças de parâmetros, objetivando melhorias na prática e envolvimento dos participantes, considero-o o ideal.       Além de ser de natureza cíclica, onde a ação e a pesquisa informam-se mutuamente, possibilitando o andamento linear de testes e leituras, permite trocas entre os participantes e os pesquisadores.
Utilizando a pesquisa-ação as mudanças são notáveis durante seu processo executivo, devendo haver a elaboração de um diagnóstico, onde identificamos o problema, criando possibilidades de solução. Em seguida, é importante fazermos contatos informais, criando ações com os participantes. Num próximo momento, há de se construir uma avaliação das informações obtidas, e logo quando refletimos sobre todo o processo de pesquisa, é de extrema importância vincular a reflexão à ação, tornando o estudo algo infinito, sempre em busca de mudanças para obtenção de melhores resultados.



REFERÊNCIAS

NIDELCOFF, Maria Teresa. A escola e a compreensão da realidade. São Paulo. Editora Brasiliense, 1979. Edição 14ª.
ZABALZA, Miguel A. Diários de Aula: um instrumento de pesquisa e desenvolvimento profissional. Porto Alegre. Editora Artmed, 2004.
PENTEADO, Heloísa Dupas. Metodologia do ensino de História e Geografia. São Paulo. Editora Cortez, 1994.
FREIRE, Madalena. A arte de conhecer o mundo. Rio de Janeiro. Editora Paz e Terra, 1995.Edição 12ª.
RICHARDSON, Roberto Jarry. Como fazer pesquisa ação? Disponível em: http://jarry.sites.uol.com.br/pesquisacao.htm Acesso em: 10 de fev de 2011.
AVILA, Vera Maria Zambrano (org.); GOULART, Ligia Beatriz; PERNIGOTTI, Joyce Munarski; SAENGER, Liane. O portfólio pode muito mais do que uma prova. Disponível em: http://www.fe.unb.br/pie/portatextos.htm#texto3 Acesso em 27 de jan de 2011.
GOULART, Cecília. Letramento e modos de ser letrado: discutindo a base teórico-metodológica do estudo. Disponível em: 

DA SILVA, Ana Maria Radaelli. Trabalho de campo: prática andante de fazer geografia. http://www.educacaopublica.rj.gov.br/biblioteca/geografia/0003.html Acesso em 25 de fev 2011.


Intervenções com crianças do 2º ano



     Objetivos:
©      Integrar os educandos, onde identifiquem os nomes oral e graficamente dos colegas;
©      Observar e se deixar observar;
©      Registrar no portfólio;

      Metodologia:
©      Construir um alfabeto móvel, onde cada educando vai dobrar uma folha tamanho oficio construindo uma tabela com o nosso código escrito e posteriormente recortar os retângulos, obtendo letras avulsas;
©      Organizar as crianças em roda, deixando que se olhem por completo. No centro da roda, dispor os alfabetos construídos;
©       Apresentação oral das crianças, onde cada um fala seu nome, e na rodada seguinte seu sobrenome;
©      Na medida em que falo o alfabeto, aqueles que iniciam com a tal letra podem selecionar sua inicial; Em seguida formar duplas, e ao chamar as letras, a criança deve pegar a letra inicial do nome do colega como no processo anterior;
©      Identificadas as iniciais, um auxilia o outro na construção do nome completo, registrando o nome do colega e suas características, como por exemplo, menino ou menina, cabelo curto ou comprido, dentre outras especificidades, no portfólio;

Avaliação:
Será considerada a integração da criança com o colega, e o registro com o auxilio do mesmo.

     Considerações:
                     Ficar em roda com todas aquelas letras? Sobrenome? Nome do colega? Registro? CALMA!!!! 
              Experimentei tudo o que planejei, mas colocar toda a turma - 28 alunos - em cima do tapete em circulo só olhando, e esperando a sua vez de selecionar as letras não foi possível. Então reorganizei a disposição da atividade, e cada aluno selecionaria as letras de seu nome.  De costume já sentam agrupados, portanto permaneci na formação daquele dia, dando continuidade nos registros em quadro onde cada criança ao ser chamada escrevia seu nome. Uma aluna se recusou e os colegas anunciaram: 
- Ela não sabe profe! Mas a nossa profe ensinou e deu este cartãozinho pra ela. - com a grafia do nome - Convidei-a diversas vezes e a resposta sempre foi de negação. 
Depois de grafados os nomes no quadro, cada educando dizia e mostrava o nome de algum colega. Liamos em conjunto para termos certeza da escrita, e após este momento, o aluno que falava era aplaudido e saudado.  
Vamos seguir em frente, percebendo as múltiplas linguagens!

Como utilizar a saída a campo no processo de letramento em crianças de 2º ano dos anos iniciais?


     Alfabetização, ou será Letramento? Qual será a terminologia mais adequada para definir o que queremos desenvolver nos educandos? Estas e outras perguntas permeiam os meus pensamentos sobre qual o real papel do professor. À medida que passo a conhecer um pouco mais sobre estas duas concepções, começo a perceber que não são exclusivos estes pensamentos.
        Se alfabetizar consiste em ensinar o código de escrita, e letrar é isto mais a valorização do aprender. É o ler, o comentar, o comparar, o julgar, meu objetivo como educadora é letrar. O conceito de letramento deve ser implantado desde as séries iniciais, pois é neste momento que a criança vai desenvolver o gosto pelo aprender. Claro, não estou pensando que as pessoas não concluem o ensino fundamental única e exclusivamente em função das metodologias do corpo docente, tenho consciência dos fatores sociais, e é a partir deles que quero tornar a escola um ambiente de transformação e desenvolvimento, acreditando na educação como base de uma sociedade mais informada e fraterna.
        Segundo Goulart (2005), “o letramento afeta a língua e a língua afeta o pensamento”, portanto, tornar o sujeito letrado, é uma questão além de educacional, é social. Ampliar a visão de mundo destas crianças é como incentivá-las a busca por novos conhecimentos, tornando-os cidadãos capazes de perceber a sua importância para o desenvolvimento da sociedade, num mundo onde impere o respeito pelo próximo e por si próprio. Tarefa esta que me proponho. Educar pensando no processo de letrar, é dar voz ao educando, é permitir que exponham suas ideias e compreendam além do código alfabético, utilizando-se das palavras como uma manifestação de seus pensamentos.  Sei que fácil, não é a denominação perfeita, mas querer esta transformação é o primeiro passo.
      Prática andante, aula passeio, saída a campo, trabalho de campo, estudo do meio... Entre muitas outras nomenclaturas que significam uma coisa só, desenvolver uma atitude de curiosidade, onde os sujeitos se percebam atuantes e modificadores do meio ambiente. Observar, perceber, contatar, registrar, descrever, representar, analisar, refletir, transformar, conversar, e muito mais possibilidades de explorar as percepções das crianças, para que possam e queiram perpetuar seus pensamentos através da escrita.
       Agregar a ideia de letramento a da saída a campo, é querer envolver-se num contexto social vivido por estes alunos, é ir além dos horizontes. Não é só trabalhar português e geografia, mas sim explorar todas as áreas do conhecimento de maneira interdisciplinar, sem fragmentar os conhecimentos. Assim confirma Penteado, no trecho que diz, “os professores precisam se dar conta, por exemplo, de que, ao organizarem com a classe o trabalho de alfabetização e iniciação às operações matemáticas, já estão trabalhando, no plano das vivências as “relações sociais” (1994, pag. 73)”. Isto só reforça a ligação dos conceitos de letramento e aulas passeio, num desenvolvimento significativo no processo de ensino e aprendizagem da comunidade.
       Estudar sobre esta metodologia de exploração é melhorar o processo de construção do conhecimento e promover a aquisição de atitudes de comprometimento, tornando a sociedade mais conhecedora de seus direitos e deveres para com a mesma.